segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A BAILARINA


Como em um sonho, em meio às folhas que se levantam ao vento, se apresenta a bailarina. Seu espetáculo exibe sobre o palco a expressão de sua história, retratos de uma vida. Seus primeiros passos, ainda desconcertados, se ajustaram às dificuldades, e hoje se apresentam firmes e fortes, providos de vontade e de sabedoria.

Em um momento presente, espaço e tempo se fundem e no lugar da pequenina se faz no centro do espetáculo a bailarina. Deslizando de um lado para o outro, em meio à saltos e rodopios. O público atento não tiram os olhos daquela que transforma gestos delicados em movimentos brios.

Os braços se abrem as pernas se fecham e nas pontas dos dedos sua postura se eleva como se tentasse espiar sobre o presente um pedacinho de futuro. Novamente o tempo e espaço se alteram transbordando simplicidade, fazendo do seu sonho juvenil atual realidade.

Que sua dedicação te leve ao ponto mais alto deste espetáculo, pois de grandiosidade é constituída sua alma, que pelos olhos se deixam transparecer somente àqueles que não se limitam apenas superficialmente à sua beleza.

Sua bondade e formosura são expressões da sua simples naturalidade, reflexo de seus pais, que sentados na primeira fila se enchem de orgulho, não pela personagem figurada, mas por conhecer a verdadeira “criança” vestida de bailarina e que neste poema se faz representada.