Fecho os olhos para tentar buscar no fundo da alma as palavras, que como rios jorram de minha mente. A tempos venho procurando a verdade escondida em cada ser humano, tentando entender o que seria Deus.
Percebi logo que a viagem seria muito longa e perdi minhas forças. Neste momento senti que não tão longe dali, dentro de mim, havia um universo que jamais pensaria em descobrir.
Buscando cada vez mais fundo encontrei em meu coração um grande palacete, com diversas janelas e portas, algumas abertas outras trancadas. Nas abertas havia pessoas que um dia abriram-nas e entraram e estavam abertas, pois o amor vive em liberdade, livres para ir e vir quando bem entendê-las. As trancadas, eu defini que eram as oportunidades ou caminhos que eu ainda não estava pronto para vive-las.
Com paredes brancas e uma luz ofuscante, o lugar transmitia paz e era de inconfundível beleza, comparada com o alvorecer de uma manhã de verão, tão clara e tão quente. Nela havia um divã que por algumas vezes deitei. Colocava-me a dizer palavras sem entender seus significados e nesse momento, a luz aumentava de intensidade e o calor me dominava.
A descoberta foi impressionante, pois estava orando em línguas e a luz que me envolvia, era o espírito santo que habitava neste imenso lugar. Entendi como Deus era perfeito e grande era a tua majestade.
Dentro de cada um de nós existe um lugar imenso e especial quanto perfeito para encontrar todas as verdades que precisamos. Este templo é seu coração.
2 comentários:
Santa Teresa em seu livro Castelo interior ou moradas nos diz: "Consideremos agora que este castelo tem muitas moradas: umas no alto, outras em baixo, outras aos lados; e, no centro e meio de todas estas, tem a mais principal onde se passam as coisas mais secretas entre Deus e a alma." Lembrei-me dela (Teresa) instantaneamente ao ler seu texto.
Lá, no interior, no interior do castelo (para ela), palacete (para ti)... Ambos para mim... É lá que o amor nasce, vive e torna-se um com Deus. É dentro, e não fora... e tantas vezes insistimos em buscar fora. Como diz a canção são “dois abismos que se abraçam, e se enlaçam, num laço de amor eterno e alegria sem fim!”
Nunca estamos sós. No fundo do coração que palpita, existe a vida, dádiva de Deus. Deus nos concede o aprendizado. O momento a sós com Ele nos faz entender as verdades que outrora estavam escondidas dentro nós.
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